Este artigo de Leandro Ortolan tem por objetivo abordar pontos relevantes para quem julga ter em sua vida algum tipo de desgraça.
Marcela se via como alguém diferente. Nunca aceitou na vida nada que lhe fora imposto, pois sua vontade sempre era levada em conta. Desde criança questionava como as coisas aconteciam e sua curiosidade a fez conhecer um mundo bem maior do que a maioria de pessoas ao seu redor. Ela sempre foi um espírito que chamamos de buscador, sempre a desejar mais para si, mas sem grandes ambições – tudo de bom em sua vida sempre veio no momento certo, com algum esforço, mas lá estava ela a viver uma boa vida, sem desgraça de nenhum tipo.
Foi assim ao escolher sua profissão, seu marido, o número de filhos, o local onde moraria, e tudo o mais. Conquistava sempre o que desejava, a duras penas, é verdade, mas sempre alcançava seus objetivos.
Lá pelos 41 anos de sua vida, tudo mudou para ela. Iniciou o que ela chamava de desgraça de vida. Sua vida perdera o gosto, o brilho, a cor. Era algo que não mais fazia sentido para ela. Um processo que começou com algumas pequenas desilusões com a família materna, refletiu em seu trabalho e logo depois estava com o problema no seu dia-a-dia, na sua cama, na sua mesa, na sua casa, portanto. Já não queria mais nada daquilo.
É óbvio que isto não aconteceu de um dia para outro – foram alguns poucos anos com uma sucessão de problemas a ocorrerem, cada vez mais graves, até que ela quase desistiu da própria vida. Já não queria mais nada daquela desgraça. Desejava a separação, ainda que litigiosa, e já estava a procurar avaliar tudo o que tinha, ou o que poderia ainda salvar, pois já existia ameaças legais das dívidas que o marido havia contraído em seus negócios, que também estavam em desgraça, desde que Marcela piorou, tudo piorou. Do paraíso ao purgatório. Ela desejava voltar ao paraíso, mesmo que fosse sozinha.
E foi assim que conheci Marcela, já sem esperanças, em desgraça, amargurada, com sede de vingança, com certeza de que era vítima de tudo isto e culpando pessoas de sua família materna, e creditando ao sobrenatural todos os motivos de suas desgraças vividas. Desejava sua libertação pois não suportava mais todos os problemas a acontecerem simultaneamente.
Marcela é inteligente e sempre teve um senso crítico muito elevado, o que a deixava mais incomodada, pois nunca havia acreditado em coisas místicas a tais níveis. Mas, em sua vida, nada poderia justificar aquela situação – a desgraça não poderia ser “deste mundo”. E fez o que toda gente (a maioria) faz nestas situações – procura alguém “qualificado” para desfazer a desgraça. E, também como toda gente, não conseguiu nenhum resultado além dos efeitos psicológicos de pseudoproteção temporária, muito breve, que logo se desfez.
Marcela não queria perder tempo – queria solução. Estava a disparar para todos os lados, sem sucesso, e isto a cansava ainda mais, tirava-lhe ainda mais a esperança. Sua mente estava desgastada a tentar entender toda aquela absurda desgraça que sua vida se transformara.
Mas, afinal, o que havia na vida de Marcela?
Havia trabalho de feitiçaria realizado contra ela pelos seus parentes?
Ela era vítima de alguma maldição ou sina?
Seu carma exigia que ela passasse por isso e que duraria até que aceitasse com resignação?
Eram os espíritos maus que estavam a lhe cobrar dívidas do passado, de vidas passadas e que só agora haviam lhe encontrado?
Eram os seus “santos” que exigiam que ela se dedicasse a desenvolver sua mediunidade e estavam a lhe dar um “couro”?
…perceba que todos estes “diagnósticos” sobre sua desgraça foram ditos para ela nos diversos lugares que foi buscar ajuda para compreender o que se passava. E, afinal, nenhum era comum – não houve consenso. Ou seja, piorou ainda mais a desgraça, pois ela perdeu mais tempo, mais energia e mais dinheiro.

Já deprimida, arrasada, nada mais lhe restava como reação equilibrada, pois estava agressiva, reativa, a lutar com todos que chegavam até ela, dificultando sua situação ainda mais. E isto ocorreu comigo também, e foi difícil no primeiro momento estabelecer uma conexão mais forte com ela, para que pudesse extrair dela as informações a serem trabalhadas em seu mapeamento, a base para entender o que realmente a afetava.
Mas, ainda assim, a retirar cada uma de suas camadas da desgraça cristalizada há muito tempo pelo sofrimento, ela aos poucos passara a sentir novamente a esperança, o entendimento e a necessidade de abaixar suas defesas para algumas das pessoas que estavam em sua vida e lhe seriam importantes novamente.
E o fato é que seu mapeamento permitiu, como sempre, todos os elementos necessários para explorar as brechas em que o mal estava a amplificar os efeitos negativos em sua vida. Pudemos, juntos, perceber a influência de fatos do passado distante que a fizeram cair na hora em que sua vida mais lhe deu alegrias, mais realizações. Marcela conseguiu, então, perceber que poderia voltar a assumir o controle de suas ações e fazer de sua vida algo melhor.
O mais impressionante foi, para ela, perceber o quanto perdeu e o quanto ainda poderia perder – pois estava a arruinar seu casamento, emprego e todas as demais conquistas que havia tido na vida. As ameaças da desgraça ainda estavam lá, bem presentes, e ela precisou entender primeiro o que estava a enfrentar – e só assim conseguiu superar este momento horrível de sua vida.
E tudo isso só foi possível pois ela é o que sempre foi – inteligente. Não aceitou os fatos sem questionar, sem buscar o entendimento, as verdadeiras causas de sua desgraça, daquilo que lhe fazia tanto mal. Somente a razão foi capaz de lhe dar o que precisava. Mapear a si mesma foi apenas o início de sua nova vida, agora com o poder que o conhecimento traz, sem aceitar o que os outros lhe dizem de forma amadora e irresponsável em um momento de grande fragilidade, que comumente baixa o racional e ativa as emoções mais devastadoras – medos, culpas e vergonhas. Marcela estava pronta para reconquistar o que havia deixado para trás. Ela obteve o seu livramento.
O livramento proporciona a libertação do mal, através do mapeamento, para quem está a sofrer perdas na vida, mesmo que seja vítima de demandas destruidoras contra si, e sem ter que gastar mais do que já gastou em tempo, energia e dinheiro, sem nunca obter resultado satisfatório.
E hoje? Marcela é outra pessoa. Não mais enxerga sua vida como antes. Esta fase foi superada, seus desejos são outros, suas crenças também, sua vontade voltou e está mais forte do que nunca, pois agora encontrou não só a saída para seus problemas, mas também os mais elevados propósitos para a sua vida, pois prosseguiu com o autoconhecimento iniciado pelo mapeamento.
Marcela pôde pedir perdão pelo que havia feito a muitos que lhe eram amados – e próximos. Em seu período de agressividade e revolta ela magoou a muitos. Também perdoou a quem lhe atacou. Perdoou principalmente a si, e passou a se amar mais, a se cuidar mais, a dar a devida importância ao prazer espiritual. E o que é uma vida sem desgraça? A pura graça… a vida que Marcela continua a construir para si.
Mapear foi seu primeiro passo ao livramento. Ela venceu. E não só ela, mas todos os que investem em si, nas causas verdadeiras que levam o mal a agir. Com cada um desses casos, às centenas nestes últimos dez anos, pude perceber que nenhum foi igual ao outro, e que sempre há algo único em cada ser que chega aqui e conquista seu próprio livramento.
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