A magia é ancestral – surge com os primeiros humanos. Vem desde antes dos primeiros registros históricos do passado humano – desde a pré-história.
Está desde sempre presente na consciência humana como uma tentativa de se negociar com forças desconhecidas as questões vitais que são relevantes – a própria finitude da vida material, a tentativa de vencer a morte, a garantir o fluxo de ar da respiração – ou então prolongar a vida pela cura de doenças que a ameaçam, ou ainda a busca pela fartura dada pela terra que inibe a fome, a fonte de água que garante a vida ou mesmo o fogo que aquece e permite a defesa contra os inimigos que agem no escuro, quando a visão humana se torna mínima.
Magia é negociar, buscar além de si, além da natureza, além das forças que podem ser dominadas – é a primeira força metafísica do homem rumo à ascenção. Há quem acredite. Há quem não acredite. A magia é indiferente às crenças individuais e atinge a todos da mesma forma, com o mesmo poder, criando e/ou destruindo.
Para a magia, as crenças e leis humanas são desprezíveis. A magia somente se submete às leis da natureza, aos ciclos da vida, às componentes elementais que formam o que se conhece, e escondem o que não se deve conhecer. Magia é mistério, sutileza e poder.
Desde sempre, muitos tentam dominar a magia. Dominar completamente suas forças não é tarefa possível, todavia. Assim, os humanos perceberam que suas forças mais densas, mais elementais, mais “materiais” seriam mas “fáceis” de se atingir. Deixaram de buscar o domínio da natureza e deram vez ás ambições mesquinhas: ao domínio e à destruição dos inimigos humanos. E, surgiram, assim, as manipulações densas das energias mais nocivas, mais tóxicas. Surge a baixa magia, surge a miséria humana dos trabalhos destruidores, vingativos e covardes.
Neste novo milênio estamos na era da luz contra as trevas – eis nossa missão com a Antigoécia. Eis sua oportunidade de sair da zona de vulnerabilidade.