Este artigo de Leandro Ortolan tem por objetivo tratar sobre muitas das posturas frente ao necessário autoconhecimento e a atitude de racionalizar a vida, sem perder a ternura das emoções e sensações.
O AUTOCONHECIMENTO EXIGE O QUERER
Sou um profissional em ajudar as pessoas. E a experiência me trouxe importantes lições sobre alguns perfis daqueles que buscam ajuda: todos querem resolver seus problemas, mas somente alguns poucos destes farão todo o possível para obter a solução desejada. Como pode haver alguém que tenha condições de melhorar sua vida mas pouco ou nada faz? Sim, acontece, e fico desolado com o desperdício que muitos fazem com suas próprias vidas. Esta é uma questão que me marcou (e ainda marca) por muito tempo e que me levou ao campo da pesquisa profissional do comportamento humano.
As pessoas, em geral, não querem elas próprias resolverem seus problemas, mas sim terceirizarem tal solução. O ideal, para elas, seria a possibilidade de despejar o problema no colo de outro e sair livres, leves e soltas. Nada mal, mas impossível, lamentavelmente. Desejam mesmo que alguém nem apresente soluções, pois não importa como resolverão, nem interessa saber o que é preciso fazer, mas que levem os problemas e os faça desaparecerem – para sempre – como que em um passe de mágica.
A segunda frase mais amada é: “não é problema meu”. A primeira é: “não é MAIS problema meu”, quase orgástica quando dita ou pensada, pois já encerra a passagem do problema para um terceiro, isentando-se todas as responsabilidades e ônus.
Talvez você seja assim, ou já foi. Precisa de ajuda, mas não sabe exatamente o que fazer para obter as soluções. Então, por favor, leia este artigo com atenção. O texto poderá incomodar um pouco, mas representa a busca de uma verdade maior, com base no pensamento racional.
Abaixo descreverei três características gerais, em formas de perfis, mas que não impedem que uma mesma pessoa possua um pouco dos três padrões de comportamentos descritos, e alterne sua concentração, em um deles ou mais, conforme as circunstâncias da vida. O ser humano é algo complexo, que foge em muito aos conceitos rasos daquilo que chamamos de autoajuda (no qual tudo serve para todos – não é assim!). Cada um é único, e por isso merece uma investigação customizada. Tais perfis são apenas gerais, apenas para ilustrar nosso presente texto de estudo.
A SOFREDORA
Quem é a pessoa sofredora? Simples, é toda a pessoa que esteja dando passos na vida de forma aleatória e descompromissada, longe de seus caminhos encarnatórios – sem saber seus propósitos e para onde está indo – e, por isso, paga um alto preço da vida resistindo a ela, percebendo através de emoções destrutivas tais poderosas resistências. Alguém que esteja perdida, sem rumo, vivendo apenas por viver, sofre. E como sofre. De fato, nem vive, apenas sobrevive. O medo é forte, a paralisia na vida se estabelece e pouco ou nada arrisca. Vai sempre pelo caminho que parece mais seguro (só parece), faz somente o que muitos fazem, segue os outros – sejam religiões, líderes ou pretensos salvadores. Deposita em terceiros a esperança para a sua vida, sem entender bem o que faz. Se alguém se atreve a entrar na sua zona de segurança, combate exaustivamente para proteger-se. Por vezes, quando o cansaço é grande, nada faz, desistindo, ou até foge dos combates.
A sofredora é, de longe, a pessoa que mais confia em terceiros para resolver seus próprios problemas. Não só confia, mas aguarda o seu salvador a cada figura que se apresenta a ela. Mas também, por vezes, pode ser extremamente desconfiada, em um primeiro momento. Quando passa a confiar, e sempre por critérios emocionais, nada racionais, confia cegamente, e é invariavelmente abusada pela sua confiança excessiva. Levam seu dinheiro, tempo, energia, fé e esperanças e nada ajudam, pelo contrário. Confia geralmente em quem não possui nenhuma habilidade ou experiência em resolver aquilo que se deseja, por exemplo. Sofrerão até aprender que cabe a si – e só a si – a decisão de estabelecer uma vida de responsabilidades. A responsabilidade, afinal, é o primeiro passo para a liberdade.
A GOZADORA
Esta é aquela que prioritariamente – quase que exclusivamente – busca aproveitar da vida, sem nenhuma responsabilidade com seus propósitos. Assim, faz parecer que não sofre, ou que não liga para nada, mas dentro de si carrega um fel impossível de se assumir. Enquanto o cambaleante sorriso acontece, e o tempo corre, uma culpa vai se cristalizando internamente.
A culpa vem cobrar algo mal resolvido no passado. A consciência relaxada é mais livre, percorre mais zonas onde o medo bloqueava. E tal liberdade é cada vez mais restrita. As opções vão se encolhendo e não demora para que a pessoa com grande carga de culpa passe a viver em função de alguém ou de uma causa, como que quisesse expiar tal carga que carrega dentro de si. Ela se julgou, se condenou e se impôs uma pesada pena. Continua com a sensação de liberdade, na busca pelo prazer, mas somente no exterior, em especial nas redes sociais, com uma vida “invejosa” e “perfeita”. Um contraste tão grande que assusta a si própria. Daí, começa o seu isolamento, em dado momento. Ou, em outros casos, passa a criar uma ilusão, um universo paralelo que só ela compreende, e só ela habita e de acordo com suas regras. Muitas assim são, aos olhos de outras pessoas, lunáticas e estranhas. Mas, e a dor? Continua forte, abafada, desidratando a alegria, a vida.
A BUSCADORA
Em um dado momento da vida a pessoa acorda, e daí começam as perguntas das questões existenciais mais contundentes, e que não se consegue mais abafar. E, como um rompante, começam a buscar pelas respostas em todos os lugares exteriores: religiões, seitas, médiuns, gurus, livros de autoajuda, práticas duvidosas e até hilárias a quem esteja observando de longe. E, como esperado, quase nada obtém. Ainda assim, as buscas continuam e passam a aceitar certas “verdades”, mas selecionando o que lhe interessam: por exemplo, se frequentam uma ou mais religião, apenas absorvem aquilo que lhe convém – algumas se dizem universalistas, por frequentarem tudo o que aparece, preferencialmente as novidades. Mas sempre é o mesmo do mesmo. Esquecem de buscar no lugar mais precioso: em si, pelo autoconhecimento.
A dor, neste caso, nem sempre é finalizada, mas enfraquecida, suportada quando passam a perceber que é preciso descobrir e/ou construir um propósito para uma vida plena. Quando percebem que estão aqui por uma razão, que nada na natureza está fora de um plano maior, que a liberdade é possível mas há um preço a ser pago – e que não é dinheiro – a pessoa passa a encontrar seu lugar no mundo, a completar o vazio que existe em si e a entender suas jornadas evolutivas. A vida passa a fazer sentido, a ser aproveitada e acontece o melhor: a prosperidade em todos os campos, a plenitude e realização. A vida acontece, afinal.
É PRECISO CORAGEM!
Deseja algo mais para si? Precisa superar crises e limitações na vida? Não tem progredido espiritualmente tanto quanto deseja? O primeiro passo é a coragem. E a coragem de olhar para si, de abraçar o autoconhecimento como um objetivo constante da alma. Fazer do autoconhecimento uma atividade prazerosa, libertadora.
Por eu ter passado por todas estas etapas, e aprendido a duras penas, iniciei o trabalho de pesquisar algo que não havia: afinal, o que é o autoconhecimento? E como eu mesmo posso desenvolver em mim, sem pressa, nem pressão, esta jornada na qual somente eu poderei fazer? Qual o passo-a-passo? E nada havia, naqueles tempos sombrios para mim. Precisei desenvolver. E assim fiz, se passaram quase vinte anos e ainda hoje pratico com muita alegria o meu autoconhecimento, cada vez mais profundamente.
O que me trouxe, afinal, o autoconhecimento? Não caberia neste reduzido texto toda a experiência, mas posso reduzir: fiquei livre, forte e verdadeiramente feliz.
Desde o início, consegui entender as causas dos meus problemas. Ao entender tais causas, ativei meus pensamentos para uma vigília do meu comportamento, sem pressa ou pressão. Consegui recuperar minha prosperidade, dar um sentido para mim e para a minha família, reconstruir minha vida, iniciar uma nova profissão que me garantiu a liberdade do trabalho remoto, vender meus bens e sair pelo mundo, obter a cidadania italiana, passando um ano na Ásia e depois se mudando para a Europa, voltando a estudar, agora em uma universidade europeia e vivendo uma experiência forte que é impossível de descrever – só o autoconhecimento é capaz de levar a experiências tão intensas. Só tem uma vida extraordinária aqueles que praticam o autoconhecimento. Esta é uma certeza! O resto é ilusão, enganam-se a si mesmos e pensam que enganam ao próximo. Mas não. Se eu pude, você também pode.
Vale ressaltar que minha descrição é verdadeira, mas não significa que não tenho mais problemas, que tudo é como se fosse um paraíso, uma utopia. Não é. Mas, ainda assim, os problemas fluem na vida, sem me apegar a nenhum deles. E fazem sentido, dão o sal, o tempero especial. Não causam mais dores. E isto é o melhor.
Por isso o Mapeamento Energético, que se inicia com a Matriz Energética, é algo fundamental para recuperar para si a responsabilidade da sua própria vida. Só assim poderá dar os primeiros passos certeiros e seguros, sem nenhum risco. Se eu tivesse a oportunidade de uma ferramenta desta, há cerca de 20 anos, teria ganhado tempo e energia – e provavelmente mais dinheiro e oportunidades. Não tive. Mas hoje posso significar minha vida oferecendo àqueles que possuem a coragem de investirem em si mesmos.
Mas, afinal, por que escrevi como título “pensar, que é bom, poucos querem”? Justamente pelo fato de que o autoconhecimento exige um grau de desenvolvimento das capacidades racionais. Quando entendemos que somos genuinamente emoção, e aceitamos isto, e nossos pensamentos passam a fluir com as emoções, sem brigas ou mais conflitos, o autoconhecimento é acelerado. Por isso, poucos querem pensar – pois pensar exige a comunhão com as emoções, e mesmo quando emoções viram sentimentos. Sem isso, é dolorido, e sem sentido. Fica-se frio. Aceitar as emoções, fluir com elas, fazer das mesmas a bússola e iniciar uma forma de pensar em si como parte do universo é algo extremamente útil e poderosamente prazeroso – algo quente, gostoso. Por isso: pense, mas fluindo com a vida, e não friamente, resistindo contra si mesma.
Quando a ativação do processo que chamo de racionalização acontece, a pessoa nunca mais deseja entregar a outros seus problemas, pois percebe que são valiosos, preciosos, e trazem grandes oportunidades. E lidar com eles deixa de ser dolorido, ao contrário, vira uma fonte de libertação, de satisfação. E tudo, afinal, fará sentido. E, qual o primeiro passo? Autoconhecimento. A solução está em você – sempre esteve!
Aguardo por você na Matriz Energética. Ouse ser feliz!